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Interior

Enfermeira é agredida por mulher ao exigir triagem para exame da covid

Segundo ela, a paciente tinha o encaminhamento de um consultório particular; Coren-MS se posicionou

Flávio Veras | 14/01/2022 14:45
Caso foi registrado na 1ª Delegacia de Polícia de Corumbá. (Foto: Diário Corumbaense / Arquivo)
Caso foi registrado na 1ª Delegacia de Polícia de Corumbá. (Foto: Diário Corumbaense / Arquivo)

Uma enfermeira, de 44 anos, procurou a Polícia Civil para denunciar uma paciente que a agrediu por não querer passar pelos procedimentos básicos da unidade de saúde, para atendimento, triagem e exame para diagnosticar a covid-19. O profissional trabalha na ESF (Estratégia de Saúde da Família) Pedro Paulo II, localizada no Bairro Universitário, em Corumbá.

O caso aconteceu no final do expediente, por volta das 16h30, da última quarta-feira (12). A vítima informou à polícia que a agressora chegou na unidade portando um encaminhamento de uma clínica particular e, por esse motivo, tinha o direito de não enfrentar fila, nem passar pela triagem.

A enfermeira explicou a ela que era necessário fazer todo o procedimento no próprio posto de saúde e depois, seria feito o exame. A mulher ficou alterada, dizendo: “Não vou passar de novo, já tenho um pedido em mãos”. Logo em seguida, ela pediu o nome da enfermeira, porque iria fazer uma denúncia, mas foi orientada a voltar no dia seguinte, que era necessário passar pela médica.

A servidora pediu orientação ao seu encarregado que a orientou a procurar a delegacia e fazer um boletim de ocorrência sobre o fato. Ao perguntar o nome da acusada, ela disse que não iria informar. A enfermeira tentou tirar uma foto, foi quando a acusada partiu para cima dela, tomou o celular e jogou o aparelho no balcão.

O caso foi registrado como lesão corporal dolosa, na 1ª Delegacia de Polícia Civil de Corumbá.

Coren-MS - Ao tomar conhecimento do caso, o Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso do Sul, emitiu um nota em que “considera inaceitável a violência da qual foi vítima uma enfermeira. A profissional registrou boletim de ocorrência. Nele, relata ter sido agredida fisicamente por paciente que se recusou a passar por classificação de risco antes de testar para covid-19.” Em outro trecho, o órgão explicou que “a classificação de risco é um protocolo dos sistemas de saúde. Já questões como a demora no atendimento e a insuficiência de profissionais, por exemplo, se devem a problemas estruturais. A Enfermagem não pode ser penalizada por seguir ritos e nem pelo que não está ao seu alcance resolver.”

Por fim, o Coren-MS revelou que “será instaurado processo administrativo para apurar os fatos tratados nesta nota. O procedimento poderá resultar em pedido de desagravo público do caso. Os profissionais da saúde precisam estar seguros no exercício de suas funções. O Conselho pede às autoridades ações para proteger a Enfermagem da violência e se coloca à disposição para receber denúncias".

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