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Direto das Ruas

Pesquisadores analisam suspeita de caracol indiano na Capital

Espécime pode transmitir doenças como meningite ou infecções abdominais

Guilherme Correia e Mariely Barros | 05/12/2021 17:05
Espécie de caracol, encontrado por morador da Capital, é investigado por grupo de pesquisa. (Foto: Direto das Ruas)
Espécie de caracol, encontrado por morador da Capital, é investigado por grupo de pesquisa. (Foto: Direto das Ruas)

Grupo de pesquisa investiga um caso suspeito da presença de um espécime de caracol indiano, nome popular para Macrochlamys indica, em Campo Grande. A confirmação é analisada pela pesquisadora e bióloga do Labin (Laboratório de Ambientes Insularizados) da Unesp (Universidade Estadual de São Paulo), Larissa Teixeira.

Ela conduz um projeto para analisar a presença desses animais em ambientes urbanos, que pede que quem tenha visto algum deles entre em contato por meio do e-mail larissa.teixeira@unesp.br.

O grupo confirmou presença apenas no Paraná e em São Paulo, mas há análises em Santa Catarina, Pará, Amazonas, Mato Grosso do Sul, Acre, Goiás, Espírito Santo e Minas Gerais.

Inicialmente, registros encaminhados por meio do canal Direto das Ruas mostravam os animais em casas em um condomínio na Capital, próximo ao Parque das Nações Indígenas. O servidor federal Diego Peralta, de 41 anos, relata que os encontrou em sua casa e que avisou outros moradores após as orientações da pesquisadora.

Ao Campo Grande News, Teixeira explica que o risco não é direto e nem confirmado, mas há um certo risco de transmissão de angiostrongioliase - um tipo de infecção que atinge o abdômen. "A doença só é transmitida quando eles entram em contato com a boca, olhos ou feridas. Caso manuseie eles acidentalmente, a boa higienização das mãos dará conta".

Para o caso de casas com animais de estimação, sobretudo os que têm vasilhas de comida e água do lado externo da casa, ela explica que é aconselhado retirar os caracóis com as mãos protegidas e aplicar cal virgem em cima deles.

Segundo ela, estes animais não são comuns em áreas de floresta, mas encontrados com maior facilidade em plantas domésticas e plantações. "É o protocolo que estamos recomendando no momento, enquanto não temos outro mais eficiente. Como os caracóis têm hábitos noturnos, recomendo que faça o procedimento a noite".

PERIGOS - Estes animais podem hospedar ao menos duas espécies de nematoides consideradas causadoras de doenças - o angiostrongylus cantonensis pode provocar meningite ou meningoencefalite e o Angiostrongylus costaricensis pode gerar angiostrongilose abdominal, infecção que provoca dor semelhante à apendicite.

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