ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
MAIO, TERÇA  14    CAMPO GRANDE 18º

Política

Vereador que infartou após ser preso consegue voltar para casa

Valter Brito da Silva (PSDB) sofreu um infarto e passou por uma angioplastia após investigação ser deflagrada

Por Gabriela Couto | 15/12/2023 13:45
Vereador Valter Brito (PSDB) durante trabalho parlamentar em sessão da Câmara Municipal de Amambai (Foto: Assessoria de imprensa)
Vereador Valter Brito (PSDB) durante trabalho parlamentar em sessão da Câmara Municipal de Amambai (Foto: Assessoria de imprensa)

Valter Brito da Silva (PSDB), vereador de Amambai, município a 351 km da Capital, ganhou o direito de prisão domiciliar após sofrer um infarto e passar por uma angioplastia na última segunda-feira (11).

Ele estava preso desde o dia 16 de novembro, quando a Operação Laços Ocultos foi deflagrada no município. Segundo a investigação da 1ª Promotoria de Justiça de Amambai, o parlamentar participava de organização criminosa que praticava corrupção ativa, passiva, peculato, fraude em licitações e contratos públicos, além de lavagem de dinheiro.

Desde que foi para o Centro de Triagem Anísio Lima, o político pediu para responder o processo em liberdade. Mas o desembargador relator Luiz Claudio Bonassini da Silva negou. Após ter sofrido complicações de saúde, o pedido foi acatado e Valter está em prisão domiciliar.

Conforme a assessoria do político, esse é o terceiro infarto que Valter sofre em três anos. Na última quarta-feira (6), ele passou mal na penitenciária e foi encaminhado à UPA do bairro Tiradentes. No mesmo dia, à noite, foi transferido para a UTI do Hospital Cassems, onde ficou internado. Ele é diagnosticado com obesidade e diabetes.

A Operação Laços Ocultos, do Ministério Público de Mato Grosso do Sul, apura ação de um grupo criminoso envolvendo políticos, servidores municipais e empresários teria desviado pelo menos R$ 78 milhões nos últimos seis anos.

A organização é acusada de fraudar licitações de obras e serviços de engenharia em Amambai e outros municípios, principalmente por meio de empresas ligadas a familiares, com sócios até então ocultos.

A investigação revelou superfaturamento e inexecução parcial de obras e pagamento de propina a agentes políticos e servidores públicos municipais que deveriam fiscalizar os contratos.

Além de Valter Brito, foram presos os engenheiros Jonathan Fraga de Lima, da JFL Construtora; Joice Mara Estigarribia da Silva, da J & A Construtora Ltda.; e Leticia de Carvalho Teoli Vitorasso, da C&C Construtora.

Também teve a prisão decretada a servidora pública Jucélia Barros Rodrigues, fiscal de contratos da prefeitura e espécie de “braço direito” de Valter Brito. Entretanto, ela não foi encontrada. Outro investigado, que não teve o nome revelado, também segue foragido.

O vereador Geverson Vicentim (PDT) também está entre os investigados. Mandados de busca foram cumpridos em sua casa e no seu escritório. O celular dele foi apreendido.

Além dos seis mandados de prisão, o Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção) e o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) cumpriram 44 mandados de busca e apreensão em Amambai, Campo Grande, Bela Vista, Naviraí e Itajaí (SC).

Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News.

Nos siga no Google Notícias