ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SEGUNDA  29    CAMPO GRANDE 32º

Política

Secretária promete resolver falta de medicamentos nos postos de saúde em 40 dias

Promessa foi feita durante evento na Câmara Municipal que debate a falta de itens básicos para a população

Por Gabriela Couto e Caroline Maldonado | 15/04/2024 12:31
Secretária Municipal de Saúde, Rosana Leite, usou a tribuna para mostrar soluções (Foto: Caroline Maldonado)
Secretária Municipal de Saúde, Rosana Leite, usou a tribuna para mostrar soluções (Foto: Caroline Maldonado)

Secretária Municipal de Saúde, Rosana Leite de Melo, afirmou na Câmara Municipal, nesta segunda-feira (15), que irá resolver o problema da falta de medicamentos para a população no prazo de 40 dias. A declaração foi feita durante a audiência pública, convocada pela Comissão Permanente de Saúde.

Os vereadores convocaram representantes da área da saúde e a pasta para esclarecer a falta de insumos básicos nas farmácias da Capital, após uma vistoria nos postos.

“Muitas vezes, a população vai ao posto para pegar uma medicação e temos visto uma constância de reclamação. Quando tem dipirona, não tem paracetamol. Aqui é a caixa de ressonância da população e temos recebido essa demanda. No início do ano, tínhamos 40% de falta de medicamentos. De 250 medicamentos básicos, mais de 100 estavam em falta ou com estoque reduzido”, destacou o presidente da comissão, vereador Victor Rocha (PSDB).

A secretária afirmou que assumiu a pasta há pouco mais de dois meses e que na ocasião, dos 243 medicamentos da rede, 107 estavam em falta, tanto na rede como no almoxarifado.

Hoje, segundo o balanço apresentado na audiência, a Sesau já conta com 203 medicamentos em estoque disponíveis para a população. O investimento no período passou de R$ 7,5 milhões.

“A maioria são anti-hipertensivos e antibióticos. Hoje chegou carregamento diosmina (para circulação). Fiz o diagnóstico e todos os procedimentos burocráticos. Temos cinco licitações em fase final, para a compra de 90 medicamentos diferentes. Quatro atas abertas de registro de preços para a compra de 69 medicamentos e fase de assinatura para 24 medicamentos adquiridos por meio de pregão”, relatou.

O superintendente de economia da pasta, Danilo de Souza Vasconcelos, disse que há previsão de pegar 92 medicamentos nos próximos dias. “Boa parte dos fornecedores são de fora do estado, e a tramitação demora. Estamos usando inclusive a assinatura digital para ser mais célere o processo, diminuindo de 20 para 4 dias o trâmite de contratação. Também fizemos um acordo com a Secomp (Secretaria Municipal de Compras) para que possam ser feitos aditivos de até 25% em caso de medicamento com maior consumo”.

Vice-presidente do sindicato dos médicos de Mato Grosso do Sul, Rosimeire Árias, explicou que a falta de medicamentos básicos de tratamento como diabetes e hipertensão gera mais gastos para o poder público.

“O paciente não medicado acaba indo para o especialista, chega na rede e pedem um exame que não é fornecido em prazo ágil e o paciente acaba indo parar no hospital e muitas vezes não tem vaga. Não é só a falta de medicamento, é a falta de um monte de tudo”, disparou.

Desde 2015, tramita na Justiça uma Ação Civil Pública proposta pelo MPE (Ministério Público Estadual) para tentar resolver o problema da falta constante de medicamentos.

Segundo o vereador Dr. Victor Rocha, as reclamações chegam frequentemente aos parlamentares. Ele sugeriu ainda uma auditoria para fazer o levantamento das compras de medicação e a reabertura da farmácia da UPA Universitário.

“Me incomoda muito um usuário que, muitas vezes, não ganha um salário mínimo, ter que tirar do bolso medicação que é nossa obrigação, mesmo que seja R$ 10 ou R$ 20. Infelizmente, temos uma carga de doença muito grande e nossa população tem um consumo elevado. Vamos fortalecer nossa rede com protocolos e planejamento, supervisionar os processos, e sempre avaliar. Esse é o segredo de uma boa gestão”, afirmou.

O ex-secretário da pasta e vereador Sandro Benites (PP) afirmou que a falta de remédios sempre aconteceu. “Infelizmente, dentro da Prefeitura, a secretária, hoje, é ordenadora de despesa. Ela é responsável pela compra de medicamentos. Porém, a gente só compra através da Secretaria de Compras. Isso é uma burocracia gigantesca que você não consegue corrigir no final de uma gestão. É preciso que a secretária tenha autonomia, ou então a gente entra na vala comum”, defendeu.

Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais.

Confira a galeria de imagens:

  • Campo Grande News
  • Campo Grande News
  • Campo Grande News
  • Campo Grande News
  • Campo Grande News
  • Campo Grande News
  • Campo Grande News
Nos siga no Google Notícias