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Lado Rural

Renda do agro em MS pode crescer aproximadamente 11% em 2021

No país, o faturamento das lavouras cresceu 12,3% e o da pecuária, 5,4%. Destaques são soja, milho e cana

José Roberto dos Santos | 16/12/2021 14:40
Produção de milho, em queda, reflete as dificuldades enfrentadas pelos produtores com as adversidades climáticas. (Foto: Arquivo/Embrapa)
Produção de milho, em queda, reflete as dificuldades enfrentadas pelos produtores com as adversidades climáticas. (Foto: Arquivo/Embrapa)

O VBP (Valor Bruto da Produção) da agropecuária em Mato Grosso do Sul teve uma variação positiva de 10,93% em 2021. A projeção foi elaborada pelo Departamento Técnico do Sistema Famasul, que apontou aumento de R$ 65,13 bilhões em 2020 para R$ 72,25 bilhões neste ano. Este tema foi o assunto da semana no canal Mercado Agropecuário especial da federação de agricultura.

“Para esse aumento no faturamento do agro sul-mato-grossense, o desempenho da agricultura teve papel fundamental porque, se por um lado o milho sofreu perdas em razão das condições climáticas adversas, por outro a soja e cana-de-açúcar registraram ganhos no volume produzido e nos preços praticados, fazendo com que a agricultura aumentasse a receita em 16,29% de 2020 para 2021”, explica a analista técnica, Eliamar Oliveira.

Segundo nota distribuída pela assessoria de comunicação da Famasul, mesmo com uma redução de 8,51% no volume das exportações em relação ao ano anterior, Mato Grosso do Sul teve um acréscimo de 12,11% na receita, com valor estimado em US$ 6,2 bilhões até o final deste ano. Entre os principais setores estão a soja, com participação de 36,31%, a celulose, com 24,42%, e a carne bovina, com 14%. O total em volume corresponde a mais de 12 milhões de toneladas destinadas ao mercado externo.

Ainda segundo a analista, o aumento na receita com as exportações do agronegócio é reflexo da valorização nos preços internacionais, o que compensa a queda no volume embarcado. “A maior contribuição veio do complexo soja que, em média, registrou faturamento 39% superior ao ano de 2020 . Em seguida, a receita com exportações de carnes, que foi 21% maior entre um ano e outro”, relata.

De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a China é o principal destino dos produtos do estado, responsável por praticamente metade das aquisições, com 48,54%. Seguida pelos Estados Unidos com 5,72% e os Países Baixos, responsável por 4,37% da produção exportada.

Produção de MS – A produção de soja na safra 2020/21 foi de 13,3 milhões de toneladas em Mato Grosso do Sul. Já a cana-de-açúcar colheu 48,9 milhões de toneladas no período. As proteínas somaram 1,4 milhões de toneladas em produção. Foram 742 mil toneladas de carne bovina, 210 mil em suínos e 470 mil em frangos.

“Em que pese as dificuldades climáticas enfrentadas pelas atividades agrícolas e os altos custos sofridos pela produção de proteína, a agropecuária sul-mato-grossense foi estimulada pelos bons preços e respondeu com aumento de produção como é o caso de suínos e aves que devem encerrar o ano com abates superiores a 2020”, finaliza Eliamar.

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VBP nacional é de R$ 1,11 trilhão – Segundo o Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento),  o valor bruto da produção agropecuária (VBP) de 2021 está estimado em R$ 1,113 trilhão. Esse é praticamente um valor definitivo, pois há estabilidade dos preços e a safra deste ano está praticamente finalizada, com exceção para algumas lavouras de inverno.

O VBP de 2021 vem sendo impulsionado principalmente por lavouras, que cresceram 12,3%, e pela pecuária, com crescimento de 5,4%. Entre as lavouras, os destaques são soja, milho, cana-de-açúcar e café. Na pecuária, o melhor resultado é observado em carne bovina e carne de frango.

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Entre os produtos com maior contribuição ao VBP neste ano estão: soja (R$ 361,4 bilhões), milho (R$ 124,8 bilhões), cana-de-açúcar (R$ 85,4 bilhões), café (R$ 40,1 bilhões), algodão (R$ 26,9 bilhões). Estes cinco produtos representam 57,3% do VBP de 2021.

Os produtos com contribuição negativa ao VBVP são o amendoim (-9,4%), banana (-11,6%), batata inglesa (-12,4%), feijão (-14,6%) e laranja (-17,7%). Na pecuária, suínos e ovos apresentaram contribuição negativa devido a menores preços do que em 2020.

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