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Lado Rural

Na reta final da colheita, soja deve produzir 14% menos nesta safra em MS

Levantamento do Siga-MS derruba de 54 para 50,5 sacas por hectare a produtividade do grão

Por José Roberto dos Santos | 17/04/2024 15:13
Produtor mosta vagens de soja colhidas em área de MS. (Fotod: Divulgação/Aprosoja-MS)
Produtor mosta vagens de soja colhidas em área de MS. (Fotod: Divulgação/Aprosoja-MS)

Com 96,4% da área de soja colhida em Mato Grosso do Sul para a data de 12 de abril, o Estado prepara-se pra fechar o ciclo agrícola do grão com uma expectativa de produção de 12,923 milhões de toneladas, uma redução de 13,89% quando comparada ao ciclo anterior. Os números são do Projeto Siga-MS (Sistema de Informações Geográficas do Agronegócio) divulgadas pelo Sistema Famasul nesta terça-feira.

O levantamento reduziu a produtividade estimada para a soja de 54 sacas por hectare para 50,5 sc/ha, uma retração de 19,12% devido à estiagem e às altas temperaturas, observadas em diferentes estágio das plantações.

A região sul está com a colheita mais avançada, com média de 98,5%, enquanto a região centro está com 95,4% e a região norte com 89,3% de média. A área colhida até o momento, conforme estimativa do Projeto Siga-MS, é de aproximadamente 4,111 milhões de hectares.

A estimativa é de que a área plantada seja 6,5% maior em relação ao ciclo anterior (2022/2023), atingindo uma área de 4,265 milhões de hectares. A porcentagem de área colhida na safra 2023/2024, encontra-se inferior em 2,2 pontos percentuais em relação à safra 2022/2023, para a data de 12 de abril.

MS tem 4 níveis de lavouras   

Segundo o boletim do Siga-MS, em Mato Grosso do Sul, foram identificados quatro níveis distintos de lavouras. As primeiras são as lavouras que provavelmente perderam entre 40% e 60% da área cultivada devido à estiagem. Em seguida, há áreas bem estruturadas que, apesar das chuvas isoladas, apresentam uma produtividade menor devido à quantidade reduzida de vagens totalmente granadas e algumas vagens sem granação.

A terceira categoria engloba áreas que, apesar do plantio tardio, foram favorecidas por chuvas até o final do ciclo de cultivo, resultando em uma produtividade de alto potencial. Por último, vem a categoria composta por áreas que passaram por um replantio tardio, colocando sua produção em alto risco devido ao descompasso com o ciclo ideal de cultivo. Essa análise destaca a complexidade e os desafios enfrentados pelos agricultores no Estado e a importância de estratégias de manejo adequadas para cada situação.

Área plantada com milho segunda safra em MS; produtividade do grão deve cair quase 20%
Área plantada com milho segunda safra em MS; produtividade do grão deve cair quase 20%

Plantio do milho na reta final

Na data de 12 de abril, a área plantada de milho acompanhada pelo Projeto Siga-MS alcançou 98,4%. A região norte finalizou o plantio, enquanto a região centro está com 98,9% e a região sul com 98,1% de média. A área plantada até o momento, conforme estimativa do Siga, é de aproximadamente 2,182 milhões de hectares.

A estimativa é que a área plantada seja 5,82% menor em relação ao ciclo passado (2022/2023), atingindo a área de 2,218 milhões de hectares. A produção é estimada em 11,4 milhões de toneladas, uma queda de 19,23%, e a produtividade é prevista em 86,3 sacas por hectare, uma retração de 14,25%.

A segunda safra de milho de 2024 já registra perda de potencial produtivo em decorrência de estiagens. Em diversas regiões do Estado, incluindo sul, sudoeste, sul fronteira e sudeste, as lavouras enfrentaram um período de 10 a 30 dias sem precipitação. Essa situação adversa impactou uma área total de 470 mil hectares.

Semanalmente a Aprosoja-MS (Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso do Sul), juntamente com o Governo do Estado de MS e a Famasul, divulgam dados ligados à agricultura sul-mato-grossense. As informações são coletadas pelos técnicos do Siga-MS (Sistema de Informações Geográficas do Agronegócio) e enriquecidas com informações apresentadas por satélite e posteriormente divulgadas. Aprosoja/MS.

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