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Interior

Ordem para execução em ambulância saiu de presídio paraguaio

Ministério da Justiça do Paraguai determinou intervenção em penitenciária de Ciudad del Este

Helio de Freitas, de Dourados | 14/03/2022 11:55
Adelio Benítez, preso por chacina, é apontado como mandante de execuções no sábado. (Foto: ABC Color)
Adelio Benítez, preso por chacina, é apontado como mandante de execuções no sábado. (Foto: ABC Color)

A execução do paraguaio Victoriano Ortellado Villalba, 54, ocorrida dentro de ambulância na tarde de sábado (12), na fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul, foi ordenada de uma cela da Penitenciária Regional de Ciudad del Este. A informação é do Departamento de Investigações da Polícia Nacional. O mentor teria sido o presidiário Adelio Adalberto Gómez Benítez, 31.

O ataque ocorreu em uma estrada na região de Curuguaty, cidade a 80 km de Paranhos (MS), no Departamento de Canindeyú. Baleado dois dias antes, Victoriano estava sendo removido para a capital Asunción, porque havia temor de outro ataque enquanto ele estivesse no hospital de Curuguaty.

A 20 km de Curuguaty, dois homens de moto obrigaram o motorista da ambulância a parar o veículo e mataram Victoriano com vários tiros. Telma Rosa Bernal, 56, mulher de Victoriano, levou tiro na cabeça e morreu horas depois. Mirna Aniana Ortellado, 46, levou tiro de raspão na barriga, mas conseguiu escapar.

Neste domingo (13), investigadores da Polícia Nacional fizeram buscas na cela de Adelio e apreenderam o telefone celular que teria sido usado para repassar a ordem aos pistoleiros, já identificados. A suspeita é de que Adelio mandou matar Victoriano por ajuste de contas do tráfico. As mulheres foram atingidas por efeito colateral.

Adelio Benítez está condenado a 30 anos de prisão pela chacina de cinco pessoas num campo de produção de maconha de Itakyry, (a 163 km de Sete Quedas (MS), em junho de 2013. Na época, aos 22 anos, Adelio já era acusado de quatro homicídios na fronteira.

Hoje, o Ministério da Justiça do Paraguai anunciou intervenção na penitenciária onde Adelio Benítez cumpre pena. Existe suspeita de cumplicidade de funcionários do presídio com o narcotraficante.

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