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Interior

Justiça mantém presos enteados que mataram idoso a cadeiradas

Valdinei dos Santos Moreira e Rodrigo William Moreira foram presos após espancar padrasto até a morte

Por Bruna Marques | 16/04/2024 09:20
À esqueda, Valdinei Santos Moreira e Rodrigo Willian Moreira, à direita, suspeitos pelo crime (Foto: Direto das Ruas)
À esqueda, Valdinei Santos Moreira e Rodrigo Willian Moreira, à direita, suspeitos pelo crime (Foto: Direto das Ruas)

A Justiça determinou que os irmãos Valdinei dos Santos Moreira, 39 anos, e Rodrigo William Moreira, 29, suspeitos de matar a cadeiradas o padrasto, Nelson Oguino, 74, continuem preso. A decisão foi decretada pelo juiz Alysson Kneip Duque, durante audiência de custódia, nesta segunda-feira (15).

Nelson Oguino foi assassinado na noite de sábado (13), em Aquidauana, distante 141 quilômetros de Campo Grande. O idoso foi transferido para a Santa Casa de Campo Grande e morreu no hospital. Valdinei e Rodrigo foram presos pela Polícia Militar.

Valdinei, auxiliar de serviços gerais, negou que tenha agredido o padrasto. Em seu depoimento, alegou que quando chegou ao local a vítima já estava ao solo e não sabe como tudo aconteceu, mas que seu irmão Rodrigo quem teria agredido a vítima. Rodrigo Willian Moreira, ajudante de capataz, preferiu ficar em silêncio.

O filho de Nelson, Edivaldo Gomes Oguino, que mora no Japão, conversou com o Campo Grande News pelo telefone. Ele conta que quando veio à Capital visitar o pai percebeu que ele e a esposa não viviam mais como um casal. “Ela já não ligava mais para ele. Ele tinha que se virar com a alimentação. Ela falava que meu pai estava caducando, mas meu pai só tinha problema de audição. Ele estava sendo oprimido dentro de sua própria casa pela esposa e enteados”, relatou.

Edivaldo lembra ainda que durante uma das visitas a Nelson, o pai comentou que quando morresse deixaria a esposa com sua aposentadoria. “Falou que se um dia ele faltasse era para ela ficar com o dinheiro dele, ele tinha um coração muito bom, não tinha ganância. Eu até cheguei a comentar com ele sobre isso, mas ele não queria deixá-la desamparada”, contou.

O filho de Nelson ficou sabendo do crime através dos cunhados da vítima. “No dia do ocorrido, ela não fez questão de acompanhar ele no hospital, quem estava acompanhando meu pai era o cunhado dele e sua esposa. Ela não entrou em contato conosco no exterior avisando da tragédia, quem deu a notícia foi o cunhado e a cunhada do meu pai”, afirmou.

Indignado com o crime, Edivaldo relata que esperaram ele sair do país para que Valdinei e Rodrigo acabassem com a vida dele. “Esperaram eu vir embora para o Japão para fazer essa maldade com meu pai, quem tem pai sabe que é difícil uma morte natural imagine uma dessa maneira. Meu pai não teve chance nenhuma de se defender, espancaram ele até a morte e o torturaram muito. É muito revoltante isso que fizeram com um idoso de 74 anos”, lamentou.

Nelson foi encontrado caído no chão, em poça de sangue (Foto: Direto das Ruas)
Nelson foi encontrado caído no chão, em poça de sangue (Foto: Direto das Ruas)

O crime – No dia do crime, a esposa de Nelson saiu durante a tarde para fazer cobranças e, ao retornar, encontrou o marido desmaiado. Ela conseguiu acordá-lo, perguntou o que havia acontecido, quando ele contou ter sido agredido pelos dois filhos dela. A mulher, então, acionou a polícia e o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).

A vítima foi socorrida, encaminhada a uma unidade de saúde local, mas precisou ser transferida para a Santa Casa de Campo Grande, onde não resistiu e morreu.

A Polícia Militar fez diligências e encontrou os suspeitos deitados em uma rua de Aquidauana. Eles estavam com sangue nas roupas e confessaram o crime, alegando que a briga começou porque Nelson afirmou que não os queria em casa. Então, os dois começaram a golpear o idoso com a cadeira, e mesmo após a madeira quebrar, continuaram a agredi-lo até o desmaio.

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