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Capital

Mulher de Tio Arantes era responsável por finanças do PCC no Estado

A operação cumpre ao todo 39 mandados em Mato Grosso do Sul - 27 de prisão e 12 mandados de busca e apreensão

Viviane Oliveira e Bruna Kaspary | 12/06/2018 11:19
Comandante da PM durante coletiva de imprensa no Batalhão de Choque (Foto: Saul Schramm)
Comandante da PM durante coletiva de imprensa no Batalhão de Choque (Foto: Saul Schramm)

A mulher de Tio Arantes, Tânia Cristina Lima de Moura, 46 anos, presa nesta manhã durante a Operação Paiol, era responsável pelas finanças do PCC (Primeiro Comando da Capital), de acordo com o comandante geral da Polícia Militar em MS, coronel Waldir Ribeiro Acosta, em coletiva de imprensa no fim da manhã desta terça-feira (12) no Batalhão de Choque.

A ação, deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) com apoio do Batalhão de Choque e do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais), cumpre ao todo 39 mandados em Mato Grosso do Sul - 27 de prisão e 12 mandados de busca e apreensão.

Além de Tânia, foram presos na Capital o agente penitenciário Adilson Brum Weis, 55 anos, servidor do Instituto Penal de Campo Grande, Elvis Alves Pereira, 25 anos, e André da Silva Frotis, 26 anos. Até o momento, foram apreendidas quatro armas - sendo um fuzil AR-15, submetralhadora 9 milímetros, espingarda e uma pistola calibre 765. Além disso, foram  apreendidas 343 munições de diversos calibres e 800 gramas de skank - a “super” maconha.

Segundo o coronel, somente aqui em Campo Grande foram sete mandados de busca e apreensão, sendo três de prisão preventiva e quatro de busca e apreensão. Na casa de Tânia, foram encontrados diversos recibos de transação bancaria. “Provavelmente, era ela a responsável pela finança do grupo aqui no Estado”, disse o comandante. O marido dela, José Cláudio Arantes, o Tio Arantes, 62 anos, está preso na PED (Penitenciária Estadual de Dourados). Ele é um dos principais líderes da facção em MS. 

Também foram localizadas diversas munições importadas na residência do agente penitenciário. Todas são de calibre de arma de uso permitido, porém, o servidor não apresentou nenhuma autorização para guardar as munições em casa. 

Tânia Cristina Lima de Moura, 46 anos, foi presa hoje na Capital.
Tânia Cristina Lima de Moura, 46 anos, foi presa hoje na Capital.

Durante a coletiva de imprensa, o comandante não citou a prisão de André, mas ele foi detido por volta das 11h por uma equipe do Bope com balança de precisão e seis quilos de maconha, no Jardim Novos Estados. O homem foi levado para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro.

De acordo com reportagem do jornal O Estado de São Paulo, publicada no começo deste mês, o PCC tem faturamento estimado de, no mínimo, R$ 400 milhões por ano. Alguns policiais acreditam que esse número pode chegar a cerca de R$ 800 milhões, o que colocaria a facção entre as 500 maiores empresas do País. 

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