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Capital

MP investiga sucessivos alagamentos em residencial na Guaicurus

Somente entre 2019 e este ano, o Residencial Guaicurus II alagou ao menos três vezes

Lucia Morel | 16/11/2021 16:10
Marcas de inundação em casa em fevereiro deste ano. (Foto: Marcos Maluf)
Marcas de inundação em casa em fevereiro deste ano. (Foto: Marcos Maluf)

Depois de sucessivas inundações em residencial localizado na Avenida Guaicurus, na altura do Jardim Monumento, o Ministério Público passou a investigar a situação e segundo laudo da Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana), no ato de construção, foi exigido do construtor “medidas cabíveis de drenagem de água pluviais conforme disposto Licenças de Operação, que se encontram vencidas”.

Somente entre 2019 e este ano, o Residencial Guaicurus II alagou ao menos três vezes e mesmo depois de obras de drenagem da Prefeitura de Campo Grande, a situação voltou a ocorrer. Ao todo, desde 2017, foram seis vezes.

Conforme o pedido da 34ª Promotoria de Justiça, a intenção é que vistoria da secretaria, feita em julho deste ano, esclarecesse “as causas da inundação, se no licenciamento ambiental e/ou urbanístico da obra não foi exigido do construtor medidas de drenagem de águas pluviais, as medidas necessárias para que tais problemas sejam sanados e outras informações que julgar cabíveis”.

Drenagem no condomínio. (Foto: Reprodução processo)
Drenagem no condomínio. (Foto: Reprodução processo)

No laudo, a secretaria destaca que para que os problemas parem de ocorrer, o sistema de drenagem deverá ser da forma como especificado em licença e ainda deverá haver limpeza e manutenção do sistema de amortecimento de águas de chuva presentes no local.

Na última situação de alagamento, em fevereiro deste ano, ocorreu embate entre a prefeitura e a construtora, já que de um lado, houve por parte do secretário de obras municipal, Rudi Fioresi, a análise de que a empreiteira deveria ter reforçado a drenagem por baixo do condomínio.

De outro, a Schwab e Balbino Construção e Incorporação informou que o problema era da prefeitura na realização de limpeza de bocas de lobo e na falta de drenagem nas ruas adjacentes ao empreendimento.

O próximos passo do inquérito do MP é encaminhar ofício ao síndico do condomínio, para esclarecer se a manutenção prevista em licença ambiental vem sendo cumprida e se ela já foi renovada ou não. Por parte da prefeitura, haverá pedido para informar sobre o sistema de drenagem no entorno.

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