ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
MAIO, QUINTA  02    CAMPO GRANDE 24º

Capital

Juiz adia julgamento de homicídio "sem corpo" por falta de testemunha

De acordo com os autos, falha do cartório impossibilitou a presença de depoente

Por Gustavo Bonotto | 18/04/2024 22:04
Maikel Martins Pacheco, em foto utilizada nas redes sociais. (Foto: Arquivo)
Maikel Martins Pacheco, em foto utilizada nas redes sociais. (Foto: Arquivo)

A Justiça de Mato Grosso do Sul adiou, na tarde desta quinta-feira (18), o julgamento de sete pessoas acusadas pela morte de Maikel Martins Pacheco por falhas processuais. O delegado responsável pelo inquérito, hoje testemunha, não foi chamado a tempo.

A decisão de adiar partiu do juiz Carlos Alberto Garcete, da 1ª Vara do Tribunal do Júri. Segundo o titular, o cartório não expediu a requisição de uma testemunha imprescindível para o processo dentro do prazo estabelecido.

A falha foi destacada como "perda do dia reservado ao julgamento" e "despesas indevidas ao Judiciário". O tabelionado chegou a ser advertido. Na mesma decisão, Garcete manteve a prisão preventiva dos acusados. São eles: Everson Silva Gauna, Iago Gustavo Ribeiro Bronzoni, Marcio Douglas Pereira Rodrigues, Marcio Fernandes Feliciano, Tales Valensuela Gonçalves e Wesley Torres da Silva.

O texto, no entanto, não estabeleceu uma nova data para a audiência.

Na época da prisão, um dos acusados revelou detalhes de como o crime aconteceu. Em depoimento, relatou que era simpatizante da facção, vendia drogas na região da Vila Nhanhá e na antiga rodoviária e fazia alguns serviços para integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital).

Por isso, no dia do crime, foi chamado até a casa de um dos envolvidos, no Bairro Dom Antônio Barbosa, e lá encontrou Iago, Tales e o próprio Maikel, que já estava ferido. Segundo ele, a vítima dizia que era simpatizante do CV (Comando Vermelho), facção rival do PCC.

Maikel passou a noite no local, em “julgamento”, e na manhã do dia seguinte foi levado para o local em que foi executado, uma estrada vicinal da Estação Guavirá. Equipes da delegacia especializada realizaram buscas em toda a região, mas Maikel não foi encontrado. A suspeita é que um dos envolvidos tenha voltado ao local, resgatado o corpo e enterrado em outra região.

Receba as principais notícias do Estado no WhatsApp. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nas redes sociais: Facebook, Instagram e TikTok.

Nos siga no Google Notícias