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Capital

Após passar por cirurgia, confeiteiro de 300 quilos morre na Santa Casa

Fabiano Pereira teve hemorragia e parada cardiorrespiratória após amputação na perna direita e veio a óbitos às 2h.

Anahi Gurgel | 21/06/2017 17:49
Fabiano em sua residência, no ano passado, durante reportagem do Campo Grande News. Faleceu na madrugada deste 21 de junho. (Foto: Alcides Neto)
Fabiano em sua residência, no ano passado, durante reportagem do Campo Grande News. Faleceu na madrugada deste 21 de junho. (Foto: Alcides Neto)

O confeiteiro Fabiano Ferreira, de 36 anos, morreu na madrugada desta quarta-feira (21), na Santa Casa de Campo Grande, depois de passar por uma segunda cirurgia para amputação na perna direita. Ele teve forte hemorragia, sofreu uma parada carediorrespiratória e veio a óbito às 2h.

Fabiano pesava 300 quilos e estava internado no hospital desde dezembro do ano passado, para tratamento de erisipela - doença infecciosa aguda.

Ele vinha de um quadro bastante instável desde quando realizou a primeira cirurgia para amputação da perna, no dia 6 de junho e, seguia internado na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo).

O segundo procedimento, realizado na noite desta terça-feira (20) era para amputação de mais uma parte do membro, que estava bastante comprometida. Segundo informou a assessoria de impresa do hospital, a cirurgia era inevitável.

Bastante abalada, a mãe do confeiteiro, Izildinha Ferreira, de 61 anos, disse que o filho estava muito debilitado, especialmente por conta de problemas nos rins, que ele desenvolveu nos últimos meses. 

“Ele fazia muita hemodiálise. A impressão que tenho que é se preocuparam muito com os rins e se esqueceram da perna”, desafaba.

“Estou sendo bastante amparada por amigos e familiares neste momento de dor. Meu filho foi um lindo, em tudo o que fez, em tudo que lutou. Agora está descansando”, lamenta.

Fabiano permaneceu seis meses internado para tratamento da erisipela. (Foto: Christiane Reis)
Fabiano permaneceu seis meses internado para tratamento da erisipela. (Foto: Christiane Reis)

Ela relata que após o término da cirurgia, o filho teve forte hemorragia e a médica responsável foi chamada de volta ao hospital. "Os órgãos pararam de funcionar, ele já estava respirando por aparelhos e, infelizmente...”, conta, sem conseguir concluir a frase. 

O velório vai acontecer logo mais, às 18H30, na Pax Nacional do Bairro Aerorancho. O sepultamento está agendado para às 17h desta quinta-feira (22), no cemitério Nacional Parque, no Bairro Moreninhas.

Batalha - Fabiano estava lutando para tratar da erisipela, diagnosticada em 2011, epara conseguir perder peso e, consequentemente, fazer a cirurgia para redução do estômago, que ele aguardava na fila do SUS (Sistema Único de Saúde) há aproximadamente cinco anos.

O confeiteiro deixou de trabalhar porque sentia fortes sintomas da doença, como inchaço e dores pelo corpo, e não conseguia ficar nem mesmo 15 minutos em pé.

Após quase dois meses da internação, que ocorreu em 19 de dezembro, Fabiano conseguiu na Justiça determinação para que o Estado mandasse colocar o balão intragástrico. Mas o procedimento não chegou a ser realizado.

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