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Capital

“Grande pai e profissional”, diz filho durante velório de sargento executado

O PM foi velado e sepultado por volta das 9h30 no Cemitério Nacional Parque, que fica na Avenida Tamandaré, ao lado da UCDB

Viviane Oliveira e Mirian Machado | 12/06/2018 10:24
Amigos e familiares no velório de Ilson (Foto: Marina Pacheco)
Amigos e familiares no velório de Ilson (Foto: Marina Pacheco)

Familiares, amigos, colegas de farda e políticos se despediram nesta manhã do 1º sargento reformado da Polícia Miltiar, Ilson Martins de Figueiredo, 62 anos, executado a tiros de fuzil, na manhã de ontem (11) na Avenida Guaicurus, no Jardim Moema, região sul de Campo Grande. O policial era o chefe da segurança da Assembleia Legislativa.

O PM foi velado e sepultado por volta das 9h30 no Cemitério Nacional Parque, que fica na Avenida Tamandaré, ao lado da UCDB (Universidade Católica Dom Bosco). “Ele era um grande pai, um grande profissional e um grande homem”, disse muito emocionado o tenente-coronel da PM, Oelington Santana de Figueiredo, um dos quatro filhos de Ilson e o único que seguiu a carreira do pai.

Ele conta que desde ontem não parou de chegar gente ao velório para dar o último adeus ao pai. “Os funcionários da Assembleia Legislativa e os colegas vieram em peso porque gostavam dele. Ninguém foi obrigado a vir. Ele era a primeira pessoa que me dava bom dia. Parece algo comum, mas só é comum quando alguém está vivo”.

Amigos há 22 anos, o sargento Jardel Pereira Mendes relembra o dia que conheceu o colega de farda. “Nunca trabalhei com Ilson, mas a gente era muito amigo. Ele era muito educado, conselheiro, parceiro de bate-papo e um se ser humano que vai fazer muita falta. Era um cara que tinha muito a ensinar. A palavra que o define é profissionalismo. Pessoa correta e dedicada ao trabalho”, desabafou.

Segundo Jardel, por volta das 5h50 chegou a falar com o amigo por telefone. Foi a última conversa dos dois. O policial reformado foi morto por volta das 6h por pistoleiros que interceptaram o carro dele e o atingiram com cerca de 45 tiros de fuzil AK-47 e carabina 556. “Ainda não consigo explicação para tudo o que aconteceu”, lamentou.

Compartilha da mesma opinião o deputado estadual Maurício Picarelli (PSDB) que foi ao velório nesta manhã. “Era uma pessoa disciplinada. Não tenho que se queixar dele nesse período em que esteve como chefe da segurança. Ele coordenava a equipe como poucos e sempre foi uma pessoa correta”, comentou dizendo que os atiradores que executaram o sargento são altamente profissionais.

Corpo foi velado no Cemitério Nacional Parque (Foto: Marina Pacheco)
Corpo foi velado no Cemitério Nacional Parque (Foto: Marina Pacheco)

Crime - llson  conduzia um Kia Sportage, de cor branca, quando foi interceptado por atiradores e atingido por tiros de fuzil AK 47 e carabina 556. Ele perdeu o controle da direção e derrubou o muro de um comércio. A vítima morreu na hora. Segundo o delegado Hoffman D'ávilla, plantonista da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) da Vila Piratininga, no asfalto, foram localizados 18 projéteis das duas armas utilizadas na execução, além de um carregador de calibre 556 e um extensor de coronha (equipamento para diminuir o impacto do fuzil).

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