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Cidades

Iniciado estudo com aplicação da 1ª dose de vacina brasileira contra covid-19

Primeiro estudo clínico que aplicará o imunizante em 90 voluntários com idades entre 18 e 55 anos de idade

Pedro Peduzzi, da Agência Brasil | 13/01/2022 19:08
Primeira dose da vacina foi aplicada hoje, dando início ao estudo clínico (Foto: Neila Rocha/Ascom/SEAPC)
Primeira dose da vacina foi aplicada hoje, dando início ao estudo clínico (Foto: Neila Rocha/Ascom/SEAPC)

O técnico de segurança patrimonial Wenderson Nascimento Souza, de 34 anos de idade, foi o primeiro a receber a dose da vacina brasileira, no início do estudo clínico que aplicará o imunizante em 90 voluntários com idades entre 18 e 55 anos de idade. A aplicação foi feita hoje pelo secretário de Pesquisa e Formação Científica do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (Sepef/MCTI), Marcelo Morales.

“Vamos agora medir a resposta imunológica específica e avaliar a imunidade celular dos participantes”, explicou o médico infectologista Roberto Badaró, responsável pela pesquisa e pelo desenvolvimento da vacina, em cerimônia ocorrida na sede do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), em Salvador.

A expectativa do pesquisador é de que a primeira fase do estudo seja concluída em três meses, e que, se tudo der certo, em um ano ou pouco mais a vacina já esteja disponível.

Vacina -  O imunizante RNA MCTI CIMATEC HDT é composto de duas partes, que são misturadas antes da aplicação: uma molécula de replicon de RNA (repRNA) e uma emulsão composta por água e um tipo especial de óleo e moléculas magnéticas, chamada de Lion, que ajuda a proteger a molécula do repRNA e faz o transporte até as células alvo.

Segundo o infectologista Roberto Badaró, a vacina brasileira, que é de terceira geração, apresenta alguns benefícios específicos, como o uso de um número menor de componentes, podendo ser aplicada em doses mais baixas e sem a necessidade de imunizações seguidas. “Poderemos, em um sequenciamento e com a capacidade de sintetizar em uma única proteína as cinco variantes, ter uma vacina com as cinco variantes, no futuro. Portanto, podemos ter a vacina que rotineiramente será utilizada”, explicou o médico infectologista.

O desenvolvimento pré-clínico e clínico da vacina tem a participação dos Estados Unidos, Brasil e Índia, por meio de parceria entre as empresas HDT BioCorp. (Estados Unidos), Senai Cimatec (Brasil) e Gennova Biopharmaceuticals (Índia). No Brasil, a parceria conta com o apoio da RedeVírus e com o financiamento do MCTI.

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