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Cidades

Ação do Tribunal de Justiça com guatós teve até celebração de casamento

Missão foi até os guatós com mais de 90 pessoas levando uma série de serviços

Por Maristela Brunetto | 25/04/2024 10:49
Servidores públicos emitiram documentos e coletaram dados para ações judiciais em defesa de direitos dos guatós (Fotos: Asssessoria TJMS)
Servidores públicos emitiram documentos e coletaram dados para ações judiciais em defesa de direitos dos guatós (Fotos: Asssessoria TJMS)

 O TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) encerrou ontem a missão que organizou até a Aldeia Uberaba, no meio do Pantanal, a cerca de 340 quilômetros da área urbana de Corumbá, com outros serviços públicos para atender os indígenas guatós. Entre os mais de 30 serviços levados à comunidade, teve até a celebração de casamento civil pelo juiz de Corumbá, Maurício Cléber Miglioranzi Santos.

Segundo divulgou o Tribunal, ele realizou o reconhecimento de união estável e conversão em casamento do cacique da aldeia e a esposa, juntos desde 2007. O balanço dos atendimentos ainda não foi divulgado, mas houve emissão de documentos, orientações e coleta de dados para ações na área de família, como alimentos e reconhecimento e paternidade.

O grupo, com 92 pessoas, saiu de Corumbá no começo da semana, no navio Paraguassu, do 6º Distrito Naval em Ladário e segui até Ponta do Morro para atracar. De lá, houve deslocamento em embarcações menores até à Aldeia Uberaba.

Os servidores levaram brinquedos, kits de higiene pessoal, absorventes e casacos para entregar na aldeia. Houve apresentações culturais pela comunidade, com coreografia de crianças e os homens fazendo a dança “Gokô arero Tito vogun oge com” (nossas vidas são um rio, em tradução livre), que demonstra força.

O TJ foi representado pelo desembargador Alexandre Bastos, que coordena os juizados especiais. Ele comentou a importância dos povos originários do Pantanal e o ineditismo da ação, “que veio aqui para poder reconhecer a importância e a origem de vocês, reconhecer a ancestralidade e a ocupação desse território muito antes de todos nós”, citando que era a primeira vez que o Judiciário Estadual chegava ali.

O cacique da Aldeia Uberaba, Osvaldo Corrêa da Costa, falou sobre a importância da chegada dos serviços públicos ao local remoto. “Que bom que vocês estão vindo aqui conhecer nossa realidade”.

Os homens fizeram dança que expressa a força e convidaram servidores para participar
Os homens fizeram dança que expressa a força e convidaram servidores para participar


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