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Política

Governador entrega hoje relatório ambiental da Nova Ferroeste

Documento é fundamental para o próximo passo, que é o leilão da malha ferroviária de MS e PR

Gabriela Couto | 24/11/2021 08:31
Malha ferroviária irá reduzir em 32% o custo de exportações. (Foto: Divulgação)
Malha ferroviária irá reduzir em 32% o custo de exportações. (Foto: Divulgação)

O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) e o secretário de Estado de Meio Ambiente Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck estão na sede do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), em Brasília (DF), nesta quarta-feira (24), para entregar o EIA (Estudo de Impacto Ambiental) e o RIMA (Relatório de Impacto Ambiental) da Nova Ferroeste. Com eles, também está o governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD).

Segundo o secretário, o documento é fundamental para conseguir avançar com o projeto de leilão da malha ferroviária no próximo ano. "Esse estudo tem todos os detalhes da trajetória de onde a ferrovia vai passar. Com ele, que o Ibama vai analisar e autorizar a primeira fase do projeto que é a licença prévia. Não sabemos ainda o tempo que isso demora. Mas só com essa autorização, podemos continuar a concessão federal", explicou Verruck.

Ao todo, foram 11 meses de trabalho até reunir os dados contidos em um relatório com mais de 3 mil páginas. O empreendimento vai ligar Maracaju a Paranaguá (PR), também chamado de Corredor Oeste de Exportação. Será um novo marco logístico para os dois estados, que vai reduzir em 32% o custo das exportações.

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Estudo - O estudo foi conduzido pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), contratada pelo governo estadual para executar as atividades. O licenciamento ambiental envolve órgãos federais como Ibama, Funai, Incra, Iphan e estaduais, como IAT (Instituto Água e Terra) do Paraná.

Uma equipe de 150 profissionais percorreu quase 1.280 quilômetros para levantar informações sobre a flora, os meios físicos e geológicos, e avaliar a qualidade da água nas bacias hidrográficas e do ar ao longo do traçado.

Dados referentes a ruído, formação das cavernas, bem como a vida existente nestes lugares, foram catalogados. As condições sociais de boa parte das cidades impactadas pelos futuros trilhos também estão no estudo, assim como uma análise da comunidade quilombola em Guaíra (PR) e da Terra Indígena Rio das Cobras em Nova Laranjeiras (PR).

Durante o estudo de fauna, os biólogos percorreram oito pontos do traçado onde há a maior cobertura verde. Nas quatro estações, eles registraram e capturaram animais de inúmeras espécies, inclusive, com o registro histórico de uma anta. Todos esses dados estão contidas no EIA.

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Próximo passo - O Ibama fará uma pré-análise do estudo e deve abrir o prazo oficial para a chamada das audiências públicas, que devem acontecer no início do próximo ano. Elas serão distribuídas ao longo do traçado para que a população possa participar, receber esclarecimentos sobre o empreendimento, tirar dúvidas, fazer críticas e trazer contribuições.

Outra etapa será a vistoria, na qual técnicos do Ibama vão a campo em locais estratégicos para fazer a avaliação e finalizar a análise antes de publicar o parecer final.

A Nova Ferroeste vai ligar o Mato Grosso do Sul e o Litoral do Paraná por trilhos. A estrada de ferro vai ter 1.304 quilômetros de extensão, saindo de Maracaju com destino a Paranaguá.

Um ramal entre Foz do Iguaçu e Cascavel vai facilitar o escoamento de produtos vindos do Paraguai e da Argentina. O leilão está previsto para o segundo trimestre de 2022. A empresa ou consórcio vencedor vai executar a construção da Nova Ferroeste e explorar o trecho por 70 anos. O valor do investimento é de R$ 29,4 bilhões.

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