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Interior

Grupo indígena classifica confronto em Amambai de "Massacre de Guapoy"

Grande Assembleia Aty Guasu pede investigação do caso e ação do MPF de Ponta Porã

Silvia Frias | 25/06/2022 10:37
Cápsula encontrada em área de confronto entre indígenas e policiais (Foto: Direto das Ruas)
Cápsula encontrada em área de confronto entre indígenas e policiais (Foto: Direto das Ruas)

Comunicado feito pela Grande Assembleia Aty Guasu Guarani e Kaiowá classificou o confronto entre indígenas e policiais do BPChoque (Batalhão de Policiamento de Choque) de “Massacre de Guapoy” e pediu a prisão dos responsáveis. No embate ocorrido em Amambai, a 351 quilômetros de Campo Grande, um guarani-kaiowá morreu e outros sete feridos.

A comunidade reagiu com indignação, classificando o confronto como “ato covarde e ilegal”. Também criticaram a coletiva dada ontem pelo titular da Sejusp (Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública), Antônio Carlos Videira, que atribui o início da situação tensa a ações agressivas cometidas pelos indígenas e envolvimento de paraguaios na captação para o tráfico de drogas.

“Será que a criança caída, atingida por uma bala de borracha, que consiste em uma das imagens, corresponde ao tráfico de drogas?”. A Grande Assembleia afirma que há dois mortos, mas, até agora, oficialmente um foi morto no confronto: Vito Fernandes, 42 anos, atingido com três tiros de arma letal.

A comunidade pede a prisão dos responsáveis pela ação e investigação de servidores da Funai (Fundação Nacional do Índio) por “coparticipação e facilitação do massacre”. Também criticam a ação do MPF (Ministério Público Federal) de Ponta Porã, que estaria se mostrando lento em defender os direitos dos indígenas.

O confronto aconteceu na manhã de ontem, na Fazendas Borda da Mata, em Amambai. O Cimi (Conselho Indigenista Missioário) contesta a presença da PM em situação de competência da PF (Polícia Federal).

A PM (Polícia Militar) foi acionada na quinta-feira à noite e, segundo Videira, para conter danos ao patrimônio e grave ameaça à vida que estaria acontecendo na região, crimes de atribuição da polícia local. Por conta da proximidade com a aldeia, optou-se em mandar o BPChoque na manhã seguinte.

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