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Cidades

Estado age para coibir “banda podre”, diz governador sobre PMs presos

Segundo Reinaldo Azambuja, segurança pública contabiliza, neste ano, 32 policiais civis e militares presos durante investigações; secretário garante que apurações continuam

Humberto Marques | 26/06/2018 17:09
Para governador, operações mostram que a polícia "está atuante" para coibir falhas internas. (Foto: Chico Ribeiro/Subcom)
Para governador, operações mostram que a polícia "está atuante" para coibir falhas internas. (Foto: Chico Ribeiro/Subcom)

As recentes operações realizadas por Gaeco e Polícia Federal contra o crime organizado em Mato Grosso do Sul revelaram o envolvimento de PMs em tráfico, contrabando e facções como o PCC. Mas para o Governo do Estado, esse quadro pode ser positivo. Na avaliação do governador Reinaldo Azambuja (PSDB), as prisões são resultado do enfrentamento à "banda podre" da segurança pública, estratégia que vai continuar e tem apoio da Corregedoria da Polícia Militar.

Na segunda-feira (25), a operação Laços de Família apontou que o subtenente Silvio César Molina Azevedo, lotado no sul do Estado, seria um dos líderes de uma organização criminosa especializada no tráfico de drogas e contrabando de armas e cigarros. Antes, a Oiketicus levou à prisão de 21 PMs suspeitos de associação com a máfia do cigarro.

Ao todo, as autoridades de segurança pública contabilizam 32 policiais civis e militares presos, de forma temporária ou provisória, por suspeita de envolvimento com práticas criminosas este ano. Sobre os PMs, Reinaldo considera que o número é resultado de um esforço das forças de segurança, em parceria com outros órgãos de investigação, para se preservarem.

“Isso mostra que a polícia está atuante. Se não estivesse, eles (policiais investigados) poderiam manter atitudes ilícitas mesmo sendo policiais com a função de proteger a sociedade. E é o contrário: é a polícia agindo para coibir a banda podre”, afirmou o governador nesta terça-feira (26), durante evento que discute a segurança pública na região de fronteira.

Reinaldo destacou que a grande maioria das corporações “é de bons policiais que se dedicam e cuidam da população. Infelizmente há uma minoria com desvio de conduta que nos cabe coibir, e é o que estamos fazendo, agora aprofundando com novas investigações”.

Oiketicus relacionou policiais militares com a máfia do cigarro. (Foto: Marina Pacheco/Arquivo)
Oiketicus relacionou policiais militares com a máfia do cigarro. (Foto: Marina Pacheco/Arquivo)

O governador ainda considerou que estas não são ações isoladas do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, integrante do Ministério Público) ou da Polícia Federal. No caso da Oiketicus e da Laços de Família, por exemplo, “a Corregedoria da Polícia Militar, que é quem cuida do desvio de conduta, estava presente e ajudou nas investigações e nos aprofundamentos”.

“Queremos o bom policial, aquele que trabalha em defesa do cidadão de bem, cumprindo seu papel. Não o corrupto, este está sendo punido, um trabalho que a própria polícia está fazendo. O que se fez na máfia do cigarro, como na apreensão de ontem (Laços de Família) foi uma integração do Gaeco, Corregedoria e Polícia Federal, que identificou maus policiais e aplicou penas precedentes. Isso vai continuar”.

Titular da Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública), Antônio Carlos Videira reforçou o discurso. Segundo ele, as ações “visam a cortar a própria carne e valorizar o policial que trabalha honestamente, proporcionando a estes acusados a ampla defesa, obedecidos todos os prazos e normas legais previstas para apuração dos fatos”.

Videira também confirmou que as apurações terão outras fases. “Os trabalhos prosseguem em todas as Corregedorias (da Sejusp), em total sintonia com o Ministério Público e a Superintendência Regional da Polícia Federal”.

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