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Capital

Relato de quem usa ônibus diariamente é que aumento de 20 centavos faz diferença

Novo preço da passagem do transporte coletivo passa a valer a partir do dia 14

Aletheya Alves | 06/01/2022 16:01
Passageiros entrando em ônibus coletivo na Avenida Afonso Pena. (Foto: Paulo Francis)
Passageiros entrando em ônibus coletivo na Avenida Afonso Pena. (Foto: Paulo Francis)

Após reunião no MPT (Ministério Público do Trabalho) na manhã de hoje (6) com o Consórcio Guaicurus, a prefeitura de Campo Grande confirmou reajuste de 5% na tarifa do ônibus a partir do dia 14. Quem usa o transporte coletivo diariamente relata que o aumento de 20 centavos já faz diferença no bolso.

“Como o salário tá baixo, qualquer valor a mais faz diferença”. Cuidadora de idosos, Clarides Leondidas da Silva, de 58 anos, explica que o aumento na tarifa do ônibus, que hoje custa R$ 4,20 e irá passar para R$ 4,40, pode parecer pequeno, mas no fim do mês tem resultados complicados na vida cotidiana.

Relembrando que o reajuste no passe não é isolado, a cuidadora relata que todos os gastos básicos como alimentação e moradia compõem o cenário. Por isso, melhorias no transporte coletivo são esperados para ajudar a aceitar o valor.

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Acredito que teria que ter mais ônibus nos horários de pico, por exemplo. Também deveria ter maior recorrência e manutenção, diz.

No mesmo sentido, a pensionista Lindinalva do Carmo, de 65 anos, diz que se preparar para o aumento é difícil. “É complicado porque para a gente que usa muito fica caro”, conta.

Concordando com Clarides, a pensionista completa que a melhor solução seria uma otimização nos ônibus em conjunto com o ajuste nos valores. “Quer aumentar? Tudo bem, mas precisa melhorar também. Pensando por esse lado tem a condição e os horários dos ônibus”, comenta.

Lindinalva do Carmo, de 65 anos, explica que o valor afeta as contas. (Foto: Paulo Francis)
Lindinalva do Carmo, de 65 anos, explica que o valor afeta as contas. (Foto: Paulo Francis)

Usando o transporte coletivo com menor frequência, a pedagoga Liliane Portela, de 36 anos, explica que vê o valor como alto, mas não tão “pesado” devido ao uso corriqueiro. “Uso pouco, comecei a usar no finalzinho do ano. Acho que para quem usa mais de dois passes no dia fica pesado”.

Definições – Em reunião na manhã de hoje foi definido que a greve do transporte coletivo ficou adiada para o dia 14 de janeiro. Autorizado pela prefeitura de Campo Grande, o aumento de 5% na tarifa foi confirmado para valer a partir do dia 14.

Já o presidente do Consórcio Guaicurus, João Rezende defendeu a aplicação da tarifa técnica com reajuste de 21,93%. De acordo com Rezende, não é possível pagar o reajuste combinado com os motoristas, pois o poder público limitou o aumento da passagem a 5%.

Uma nova reunião deverá ser realizada na próxima quinta-feira (13) para definir questões como isenção do pagamento de ISS (Imposto sobre Serviço), subsídios e situação financeira.

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