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Capital

Filha interdita ex-tenente que furtou corpo de mulher de cemitério

O pedido partiu da filha de José e foi aceito pelo juiz Valter Tadeu Carvalho, da comarca de Terenos

Geisy Garnes | 29/05/2019 18:23
José Gomes Rodrigues (Foto: Reprodução)
José Gomes Rodrigues (Foto: Reprodução)

O ex-tenente da Polícia Militar, José Gomes Rodrigues, responsável por furtar o corpo da ex-namorada do cemitério de Dois Irmãos do Buriti, foi interditado pela justiça. A partir de agora a filha dele se torna representante legal por ele.

O pedido partiu da filha de José, Josyane Batista Gomes Rodrigues. No documento formulado pelo advogado José Roberto da Rosa, a família alega que o ex-tenente tem 58 anos, sofre de transtorno neurótico de ansiedade, neurastenia e episódio depressivo e, por isso, não tem condições de realizar “atividades básicas da vida em sociedade”.

Baseado no laudo médico enviado pela defesa e na necessidade de cuidados que José precisa receber diuturnamente, o juiz Valter Tadeu Carvalho aceitou o pedido e nomeou Josyane como curadora provisória do pai. Com isso, ela passa a ser responsável por receber, administrar e declarar a aposentadoria de José como militar reformado e, também, por representá-lo em qualquer situação.

O juiz ainda determinou o interrogatório do ex-tenente sobre o caso para o dia 25 de junho, às 14 horas, na sala de audiências do Fórum de Terenos – a 25 quilômetros de Campo Grande.

Assassinato e furto do corpo - Rosilei foi esfaqueada no dia 9 de fevereiro e morreu no dia 10. Autor do homicídio, Adailso Couto, foi preso após apresentar-se à polícia de Terenos.

O velório e o enterro aconteceram no dia 11 de fevereiro, na manhã de uma segunda-feira, mas no dia seguinte, após chamado do coveiro do cemitério, a Polícia Civil descobriu que o corpo havia sido furtado.

A investigação e duas prisões levaram a polícia a José Rodrigues, ex-tenente e ex-namorado de Rosilei. Segundo Edson Maciel Gomes, primo de José que ajudou na operação para levar o corpo do cemitério, o ex-PM e a mulher teriam um “pacto de amor eterno”, onde quem morresse primeiro o parceiro buscaria o corpo e o enterraria o mais perto possível.

José, no entanto, foi definido como “obcecado” pela vítima e é dono de um histórico de violência com 11 boletins de ocorrência. O cadáver de Rosilei só foi localizado dois dias depois, enterrado na chácara do ex-tenente, que fica em Campo Grande, na saída para Três Lagoas.

No dia 17 de fevereiro, José acabou preso em flagrante por dirigir embriagado no Bairro Amambaí, região Central da Capital. Ele ficou seis dias preso, mas foi liberado pelo juiz Waldir Peixoto Barbosa, da 5ª Vara Criminal de Campo Grande.

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