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Cidades

Saúde descarta que morte em MS tenha sido causado por varíola dos macacos

Paciente de 31 anos morreu há menos de uma semana, mas causa do óbito não teve relação com o vírus monkeypox

Guilherme Correia | 12/08/2022 09:49
Paciente chegou a ser atendido no Hospital Regional, mas não resistiu; exame descartou relação com varíola dos macacos. (Foto: Arquivo/Campo Grande News)
Paciente chegou a ser atendido no Hospital Regional, mas não resistiu; exame descartou relação com varíola dos macacos. (Foto: Arquivo/Campo Grande News)

SES (Secretaria Estadual de Saúde) informou nesta sexta-feira (10) que suspeita de morte provocada por varíola dos macacos em Mato Grosso do Sul foi descartada. Segundo a pasta, o resultado laboratorial do paciente com indícios do vírus monkeypox teve o resultado "não detectável" para a doença.

A investigação foi feita por laboratório vinculado à UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). Um homem, de 31 anos, que morava em Camapuã, município distante 141 quilômetros de Campo Grande, morreu no sábado (6) e apresentava erupções na pele, sintoma comum da varíola.

Ele foi encaminhado ao HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul) após sofrer um AVC (Acidente vascular cerebral).

Até o momento, apenas um óbito foi confirmado no Brasil, no fim de julho – um paciente de Uberlândia (MG). Mais de 2 mil casos da doença foram notificados em território brasileiro.

Conforme o secretário estadual de Saúde, Flávio Britto, o Estado não possui transmissão entre sul-mato-grossenses. Ou seja, todos os casos registrados tiveram contato com pacientes de fora. Até o momento, há 10 casos confirmados.

O agravo é causado pelo vírus monkeypox e é transmitido para humanos via contato com animal ou humano infectado, ou com material corporal humano contendo o vírus. Apesar do nome, no entanto, os primatas não são reservatórios do vírus, conforme o Ministério da Saúde.

"O ferimento na pele passa por diferentes estágios e pode se parecer com varicela ou sífilis, antes de finalmente formar uma crosta, que depois cai. Quando a casca desaparece, a pessoa deixa de infectar outras pessoas. A diferença na aparência com a varicela ou com a sífilis é a evolução uniforme das lesões", diz nota da pasta.

O próprio sistema imunológico é capaz de eliminar o vírus e curar o paciente, mas o isolamento é preconizado durante o período em que o paciente estiver doente, como principal forma de reduzir número de infectados.

Embora o vetor seja desconhecido, as principais hipóteses são pequenos roedores, como esquilos, nas florestas tropicais da África, principalmente na África Ocidental e Central. O monkeypox é comumente encontrado nessas regiões e pessoas com a doença são ocasionalmente identificadas fora delas, o que motivou alerta internacional.

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